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Para falar com a Geração Z, deixe de lado os clichês

Para Marcus Piombo, CEO da Necxt, consumidores entre 15 e 30 anos são um grupo diversificado demais para ser resumido a estereótipos

A Geração Z, de pessoas nascidas aproximadamente entre 1995 e 2010, costuma ser descrita como hiperconectada, ágil, individualista, imediatista, volátil e com baixa resiliência no mercado de trabalho. Uma simplificação extrema para um grupo que, só no Brasil, corresponde a mais de 50 milhões de pessoas.

Embora várias características estejam presentes na Geração Z, elas também podem se manifestar em pessoas de outras idades. Por isso, é preciso adotar uma outra estratégia para se comunicar com os consumidores. “Precisamos olhar para os indivíduos, em vez de rotular e apelar para clichês”, acredita Marcus Piombo, CEO da Necxt, empresa do Grupo Stefanini especializada em soluções de Customer Experience.

Para o executivo, as empresas precisam se comunicar com todos, independente da faixa etária. “O conteúdo criado pela sua marca precisa alcançar um público amplo. Entender comportamentos em vez de classificar por idade faz com que a marca se torne relevante, porque vai contatar os clientes da forma e no momento que fizer sentido para eles”, afirma.

Assim, o executivo recomenda que, em vez de rotular seu cliente como “digital”, “analógico” ou “Geração TikTok”, as marcas tomem o cuidado de entender quem são as pessoas, seus comportamentos, interesses e questões a resolver. “É preciso trabalhar em diferentes meios, do analógico às redes sociais. E isso faz você trabalhar com todos, em uma comunicação que precisa ser cuidadosa e caprichada”, explica.

Para Piombo, cair em clichês como “geração mimimi” ou “geração TikTok” coloca os preconceitos em primeiro plano e faz com que as marcas se afastem não apenas do público mais jovem – mas de todos os consumidores. “O TikTok não é exclusividade dos jovens adultos, assim como nem toda pessoa com mais de 40 anos tem dificuldade em equilibrar vida pessoal e trabalho. Hoje, todo mundo tem algum nível de ansiedade e quer ter informação em tempo real. Existem questões que vão muito além da idade e, por isso, em vez de rotular, é preciso analisar os dados para obter insights sobre o público”, recomenda.

Por isso, o nome do jogo é Respeito. “Respeite seu cliente, de todas as idades. Não importa quem esteja ouvindo sua mensagem, ele quer que você seja claro e objetivo. Por isso, independente de qual seja o canal, é preciso estar pronto para falar com o cliente conforme ele permita”, diz. Para o executivo, marcas de sucesso são capazes de entender seu público e, então, entregar suas mensagens da forma mais assertiva. “Em alguns momentos, pode ser por uma rede social. Em outros, a mensagem pode depender do vendedor da loja. Ignorar que a Geração Z é formada por seres humanos que querem ser bem atendidos, sem erros e de forma eficiente, pode ter graves consequências”, finaliza.

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